A MUSA DAS VIRGENS DE SARJETA
Sou o sonho das virgens
esquecidas na calçada
das pequenas, inocentes
princesinhas de arrabalde
esquecidas na calçada
das pequenas, inocentes
princesinhas de arrabalde
Trago junto do meu peito
muitos sonhos delicados
trago junto dos meus olhos
um caminho sem escolha
muitos sonhos delicados
trago junto dos meus olhos
um caminho sem escolha
Como a noite, preguiçosa
vai colhendo suas histórias
Eu caminho sobre a Terra
respirando nos desejos
vai colhendo suas histórias
Eu caminho sobre a Terra
respirando nos desejos
Sou a noiva inocente
que cedeu sem ser sagrada
sou a alma das Princesas
que cedeu sem ser sagrada
sou a alma das Princesas
de arrabalde, nas calçadas
Trecho do meu texto teatral ”O bloco das mimosas borboletas”
(adaptação livre de um conto de Ribeiro Couto)
Nenhum comentário:
Postar um comentário