sexta-feira, 27 de novembro de 2015

A MUSA DAS VIRGENS DE SARJETA


A MUSA DAS VIRGENS DE SARJETA

Sou o sonho das virgens
esquecidas na calçada
das pequenas, inocentes 
princesinhas de arrabalde



Trago junto do meu peito
muitos sonhos delicados
trago junto dos meus olhos
um caminho sem escolha

Como a noite, preguiçosa
vai colhendo suas histórias
Eu caminho sobre a Terra
respirando nos desejos

Sou a noiva inocente
que cedeu sem ser sagrada
sou a alma das Princesas
de arrabalde, nas calçadas





Trecho do meu texto teatral ”O bloco das mimosas borboletas”
 
(adaptação livre de um conto de Ribeiro Couto)

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