Quando eu era criança, e me perguntavam o que eu queria ser quando crescesse, eu nunca sabia o que responder. Travava na resposta!
Um dia, quando meu pai me levou em um dos circos que passavam pela minha cidade, na saída eu declarei, como num suspiro, sem que ninguém me perguntasse: - Quando eu crescer, quero ser trapezista!
Ninguém me perguntou por que. Deram um sorriso, entendendo minha empolgação, e a história ficou ali mesmo.
Hoje, eu chamei minha criança para um papo e lhe perguntei o porque daquela resposta. E ela me disse, sem pestanejar, com a simplicidade que um dia eu tive:
- Ah, porque um trapezista não tem nada, e tem tudo. Tudo o que ele precisa já está com ele, no seu corpo e na sua mente. Ele só precisa de um pouco de pó, nas mãos, para não escorregar. Porque ele se arrisca, e parece gostar disso. Ele é livre! Conhece a liberdade de um pássaro voando, mesmo que seja apenas por alguns segundos, quando se joga no vazio. E também porque ele depende das outras pessoas, e sabe valorizar isso, abençoando a mão que o agarra, aparando-o no ar. Na verdade, o que eu queria mesmo, quando crescesse, era ter o “espírito de um trapezista”, não importando a profissão que escolhesse, desde que eu pudesse ter tudo isso. E aí, eu virei ator!
Um dia, quando meu pai me levou em um dos circos que passavam pela minha cidade, na saída eu declarei, como num suspiro, sem que ninguém me perguntasse: - Quando eu crescer, quero ser trapezista!
Ninguém me perguntou por que. Deram um sorriso, entendendo minha empolgação, e a história ficou ali mesmo.
Hoje, eu chamei minha criança para um papo e lhe perguntei o porque daquela resposta. E ela me disse, sem pestanejar, com a simplicidade que um dia eu tive:
- Ah, porque um trapezista não tem nada, e tem tudo. Tudo o que ele precisa já está com ele, no seu corpo e na sua mente. Ele só precisa de um pouco de pó, nas mãos, para não escorregar. Porque ele se arrisca, e parece gostar disso. Ele é livre! Conhece a liberdade de um pássaro voando, mesmo que seja apenas por alguns segundos, quando se joga no vazio. E também porque ele depende das outras pessoas, e sabe valorizar isso, abençoando a mão que o agarra, aparando-o no ar. Na verdade, o que eu queria mesmo, quando crescesse, era ter o “espírito de um trapezista”, não importando a profissão que escolhesse, desde que eu pudesse ter tudo isso. E aí, eu virei ator!
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